Jogos - 15
GDDIREITO:
JOÃO CORREIA; ADERITO ESTEVES; PEDRO LEAL; VASCO UVA; SALVADOR PALHA; ANTONIO AGUILAR e EDUARDO ACOSTA
CF"OS BELENENSES":
PEDRO SILVA; JOÃO UVA; DIOGO MATEUS E DAVID MATEUS
AEISAGRONOMIA:
BERNARDO DUARTE; JUAN SEVERINO
CDUL:
GONÇALO FORO E JOÃO JUNIOR
FC AUCH GERS:
DAVID PENALVA e CRISTIAN SPACHUCK
MONTPELLIER RC:
GONÇALO UVA
S.NAZAIRIEN RUGBYSPORTING:
JUAN MURRÉ
RUGBY ROMA OLIMPIC:
JOSE PINTO
CRC MADRID:
PEDRO CABRAL; DIOGO GAMA e TIAGO GIRÃO
ASM CLERMONT:
JULIAN BARDI
Estamos a 3 dias da competição mais desejada – o Mundial! Um verdadeiro espectáculo desportivo, em que assistimos a uma perfeita simbiose de competição e fair play. 40 selecções, 24 masculinas e 16 femininas representativas de todos os continentes anunciando o rugby como um desporto cada vez mais global, competem arduamente durante três dias consecutivos na procura do título de campeão do mundo. No Dubai em pleno deserto, 2 estádios repletos de fãs em ambiente de festa constante, puxam pelas suas equipas mas acima de tudo aplaudem e incentivam o bom rugby. Portugal, azarado no sorteio, ficou colocado na pool mais difícil: Samoa, Austrália e Irlanda. O equilíbrio e a expectativa serão as notas dominantes deste grupo, todos poderão perder e ganhar entre si. No último ano já as vencemos, o que por si só nada significa, porque para lhes ganhar novamente teremos que jogar sem medo, concentrados, em equipa, com um sistema vertical apoiado em dobras à largura do campo e muito, mas muito apoio ao portador da bola. As defesas vão estar muito agressivas! As placagens serão matadoras, teremos que jogar bem no contacto e no jogo a 3 para não perdermos aquilo que é o 1º e mais importante princípio do jogo: ter a bola na mão! Atacar bem poderá não ser o suficiente se não defendermos unidos, fechados, cheios de raça e muita coragem. A preparação, devido aos importantes compromissos da Selecção de XV para o apuramento para o campeonato do mundo de 2011, não foi a ideal. Mas a que fizemos apesar de curta foi dura, muito dura! Com treinos bi diários e sucessivos jogos de preparação, contra a Tunísia e Irlanda, tentámos adaptar os jogadores e a equipa aos ritmos e supra exigências desta variante. Resta-nos agora descansar, moldarmo-nos ao calor e dificuldades do deserto ultimando pormenores assertivamente, de forma a ganhar confiança e evitar as falhas na competição – qualquer erro pode ser fatal! Partimos com uma selecção jovem mas com experiência, que se conhece bem, que tem muita ambição, vontade de ganhar e orgulhar portugal.
Em Lisboa no primeiro treino antes do Mundial a equipa técnica, na habitual roda, comentava com os jogadores que qualquer uma das 24 selecções poderia ser campeã do mundo, dado o equilíbrio existente nesta variante. Alguma dúvida e curiosidade ficaram... Gales - o novo campeão do mundo, foi claramente vencido por Portugal no último Europeu em Julho de 2008, deixou boquiaberto todo o universo do raguêbi. Ninguém, nem mesmo os mais entendidos alguma vez sequer consideraram que Gales tinha qualidade e capacidade para vencer um Mundial de sevens. Pois é, mas afinal há impossíveis. Jogadores e equipa técnica que nos dois primeiros dias de prova partilharam conosco o mesmo balneário deram a todos uma lição competitiva de como encarar e vencer qualquer adversário. Jogo a jogo pudemos viver a forma como a equipa se concentrou, devotou e acreditou que este momento era o deles, mesmo perdendo um dos seus finalizadores logo no 1º jogo. Queriam fazer história! Sem terem jogo espectacular, minuto a minuto empregaram forte sistema colectivo baseado numa defesa agressiva e sufocante, que raramente se desorganizava, e capacidade atacante baseada num jogo simples e eficaz. Em velocidade e apoio, fizeram o básico bem feito! Derrotaram num só dia três favoritos: Nova Zelândia, Samoa e Argentina. Não tendo nada a perder e ao porem tudo em campo atingiram aquilo que julgavam sonho. Imagino a felicidade e o estado de alma de uma nação que vive o raguêbi como ninguém. Em sevens nunca tinham ganho sequer um Europeu ou um dos oito torneios anuais do circuito mundial. Para nós um grande amargo de boca, pois vimos brilhar e subir lá em cima... quem um dia ganhámos. São os campeões do mundo! Estatísticas enganam, Gales, Samoa e Quénia, equipas que derrotámos na nossa pool em Dezembro, chegaram aos quatro primeiros lugares. Fica a certeza do que já sabíamos, nesta variante com aposta séria e preparação cuidada, provámos que podemos oferecer algo de diferente a Portugal. Vamos continuar a sonhar e a trabalhar... como eles o fizeram!
Terceiro Triunfo Importante Consecutivo
A procura de novas soluções deve surgir quando ganhamos e não quando perdemos... A importante e justa vitória contra a Espanha (24-19) foi o nosso terceiro resultado positivo consecutivo, o que nos coloca uma vez mais no trilho do Campeonato Mundial da Nova Zelândia-2011. Depois de 60 minutos de total domínio em que podíamos ter construído um resultado dilatado, acabámos por tremer e vir a sofrer desnecessariamente, provocando a emoção que até então faltava no jogo. Uma boa lição para todos! Nestes momentos temos de ser mentalmente mais agressivos e na primeira oportunidade matar o jogo. Aquilo que os grandes campeões chamam killer instinct. Em alta competição a concentração é outro dos factores determinantes, e geralmente ela está desperta e atenta quando existe respeito, medo e alguma ansiedade na procura do objectivo. Quando as facilidades tomam conta dos nossos pensamentos, geralmente relaxamos, descontraímos e os erros básicos começam naturalmente a surgir. Apesar de tudo, no alto rendimento o indispensável é ganhar, per meio ponto que seja! No próximo Sábado temos o mais motivador dos combates - a Roménia em Bucareste! Temos contas a ajustar, nos últimos dois jogos que lá fizemos perdemos por quatro pontos de diferença e sempre no último segundo, jogar melhor não foi suficiente. A força física dos romenos e alguns erros tácticos nossos com a pressa de terminar jogos acabaram por nos sair caro. Portugal mete mais a alma em campo quando joga sob situações adversas e complexas, com placagens do outro mundo não se cansa de defender e lutar. Apoiados nesta atitude, com um colectivo que está cada vez mais forte, munidos de uma força mental fantástica e a acreditar que o campeonato do mundo de 2011 mais do que uma miragem poderá ser uma realidade, iremos à Roménia só com a vitória no nosso espírito.
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