
Depois da boa prestação dos Lobos na primeira parte, nada fazia prever o sofrimento em que Portugal terminou o encontro. A Seleção Nacional entrou muito bem no jogo e aos 5' já Juan Murre dava expressão no marcador à evidente superioridade da equipa nacional, através da concretização do primeiro ensaio do encontro.
Os espanhóis, algo temerosos, não conseguiam mais do que despejar (e, por vezes, mal) a bola ao pé para o meio campo dos portugueses. "Nuestros hermanos" ainda reduziram para 5-3, mas uma penalidade convertida por Pedro Cabral repôs a diferença em 5 pontos (8-3), antes daquele que seria um dos melhores momentos da tarde: o segundo ensaio de Portugal, concretizado por Tiago Girão.
A jogada que teve início numa iniciativa individual de Gonçalo Foro no lado esquerdo, com o capitão João Correia a transportar, depois, a oval até ao miolo do terreno, onde entregou ao jogador do CRC Madrid para a corrida triunfante que colocou o marcador em 13-3 (15-3 depois da conversão de Pedro Cabral). Após a tímida reação dos espanhóis (15-6), o médio de abertura de Portugal voltou a apmliar para 18-6, resultado com o qual as equipas foram para o descanso e momento em que Portugal... desapareceu do jogo!
Uma penalidade desperdiçada por Cabral logo no primeiro minuto do segundo tempo e um excelente pontapé de ressalto de Palumbo, aos 4', a reduzir para 18-9 galvanizaram a roja que, mesmo sem jogar muito bem, conseguiu ir reduzindo a diferença no marcador. Portugal era, então, uma equipa desconcentrada, como ficou evidente no único ensaio conseguido pelo adversário que, após a conversão, colocou o marcador nuns preocupantes 21-19 a 2' do final.
Porém, já nos descontos, uma penalidade cometida pelos espanhóis foi bem convertida, para os postes, por Duarte Cardoso Pinto. Aparentemente, o jogo estava sentenciado. Mas ainda houve tempo para Pedro Leal, na última jogada do encontro, cortar com o pé, em carrinho, a última investida dos espanhóis que poderia ter causado aos Lobos um dissabor que, apesar de tudo, não mereciam pela superioridade que mostraram.
"Problemas de concentração"
Conforme reconheceu Tomaz Morais, "Portugal fez uma boa primeira parte mas, devido a problemas de concentração sofreu sem necessidade". "Não tivemos atitude matadora, mas a vitória é o mais importante e aumenta a motivação para o desafio de sábado, na Roménia", concluiu o Selecionador Nacional.
Por sua vez, o capitão João Correia admitiu que "a equipa complicou o que era fácil". "Depois da primeira parte não estávamos à espera de sofrer tanto para ganhar. Achámos que ia ser fácil e acabámos por complicar a nossa vida, apesar de termos sido superiores", explicou o talonador dos Lobos, prometendo uma atitude diferente para Bucareste: "Não há dois jogos iguais. Agora vamos defrontar a Roménia, fora de casa, e temos uma semana para analisar e corrigir o que esteve mal neste jogo", disse.
Por sua vez, Pedro Cabral, autor de 8 pontos, concorda com o capitão e sublinhou que "o facto de Portugal não ter marcado logo no início do segundo tempo e a Espanha o ter feito deu alguma motivação ao adversário". "Apesar disso, conseguimos reagir", concluiu o médio de abertura que alinha no CRC Mardid.
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In Record
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Jogos já disputados
Rússia-Espanha: 42-15
Espanha-Alemanha: 22-11
Alemanha-Geórgia: 5-38
Espanha-Roménia: 10-19
PORTUGAL-Rússia: 14-18
Geórgia-PORTUGAL: 20-20
Alemanha-Roménia: 0-22
PORTUGAL-Alemanha: 44-6
Espanha-Geórgia: 11-55
Roménia-Rússia: 19-28
Geórgia-Roménia: 28-23
PORTUGAL-Espanha: 24-19
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Classificação
1º Geórgia: 11 pontos/4 jogos
2º Rússia: 9 pontos/3 jogos
3º PORTUGAL: 9 pontos/4 jogos
4º Roménia: 8 pontos/4 jogos
5º Espanha: 7 pontos/5 jogos
6º Alemanha: 4 pontos/4 jogos
(3 pontos por vitória, 2 por empate, 1 por derrota)
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